À Cuba pertence um dos mais significativos patrimônios da arquitetura Art Deco no mundo. Porém, ignorado. Isto, segundo especialistas, devido aos ricos, espaçosos e malconservados edifícios da capital. Em março deste ano, 250 experts cubanos e estrangeiros reuniram-se em Havana para o Congresso Mundial de Art Deco, com o intuito de alimentar a esperança de ter o legado Art Deco da ilha reconhecido e preservado.
A elegância abandonada e carcomida pelo passa dos dias é a referência que Havana carrega e que ano a ano atrai mais de um milhão de visitantes que mergulham no fascínio dos edifícios de Havana Velha, muitos dos quais foram construídos entre os séculos 16 e 18, e cuidadosamente restaurados nos últimos 30 anos.

Teatro America, feito pelos arquitetos Fernando Martinez Campos e Pascual de Rojas e inaugurado em 1941, em Havana
Havana é repleta de construções Art Deco. São prédios de apartamentos, cinemas, teatros, hospitais e edifícios de escritórios cujo estilo varia desde o dos ousados e verticais arranha-céus até o chamado streamline moderne, com frias linhas horizontais e ângulos arredondados. Apesar desses marcos históricos não terem a grandiosidade do Edifício Chrysler de Nova York e não existir um bairro Art Deco como o de Miami Beach, os aficionados afirmam que há uma riqueza inusitada e uma variedade de exemplos que em grande parte resistiram – ainda que mal conservados – durante 50 anos de governo comunista.
- Edifício Bacardí, de 1930, que foi restaurado nos últimos anos
- Mansão de 1927 de um famoso casal da alta sociedade da época Catalina Lasa e Juan Pedro Baro em Havana
- Interior da mansão de 1927 em Havana, do famoso casal da alta sociedade do período Catalina Lasa e Juan Pedro Baro
- Vista da sala de estar da casa em Havana, de 1938, do artista cubano Enrique Garcia Cabrera
- Escadaria da casa do artista cubano Enrique Garcia Cabrera, em Havana
- Escadaria da casa de 1938 do artista cubano Enrique Garcia Cabrera em Havana
Fonte: New York Times
Fotos: JOSE GOITIA/NYT